sexta-feira, 20 de março de 2009

Delírios crônicos

Um pôr do sol que alcançava o seu horizonte. Deixava para trás olhares vibrantes, um tanto brilhantes. Enquanto, deixava-se crônicas de um dia que não será esquecido. Então, pensava-se no tempo, no curto espaço que os separavam. Ela sentia falta dos pensamentos de fim de tarde. Agora, pensava em começos de noites.
Ela, atentamente, conversava com a sua consciência. Transformando um infinito de universos em palavras palavras curtas. E já podia tê-la em suas próprias mãos. Não escondia nenhum segredo de sua alma, não conseguia mais. Trocava versos confusos, para não ter mais silêncio. Consolava-se em poucas estrofes, tirava suas forças de trechos pequenos.
Encontrava-se em milhares de estrelas do céu. Lembrando de seus lábios quase esquecidos, com poucos movimentos. Ficava quieta. Parecia uma escultura desejada por muitos. Mas desgastada por ser inatingível. Poucos a olhavam com intensidade verdadeira. Poucos a sentiam. Então, uma gota caia sobre sua pele rosada, pura. Ela queria amar. Ela quer amar.

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