terça-feira, 10 de março de 2009
Tudo se transforma
Olhei pela janela, fazia um sol ardente. Queimava minha pele, deixava-me com poucas doses de ar. Parecia cenas em câmera lenta. Enquanto o calor abraçava meu corpo frio, nuvens iam se aproximando. Tomando lentamente o vapor quente sobre os meus membros: ombros, braços, costas, seios, barriga, pernas e pés. Roubava o lugar do sol. Trazia consigo, um arrepio tão aconchegante, enquanto me deitava sobre a cama macia. O vento gelado, susurrava palavras doces no pôr do sol que me deixava. Embalei meu sono, em cobertores de doce mel. Embebedava-me com o silêncio da noite, tão calada quanto a lua. A lua, que me observava atentamente. Via-se apaixonada, como sol e como o vento. Assim, contemplava-me. Admirava os meus segmentos desejosos. A lua, queria-me. E eu apenas dormia, no solitário entardecer. O sol, por sua vez, queria-me. Tirando da lua, os momentos de amor. E, acordava-me. Queria me aquecer, beijando a superfície dos meu lábios, feito chocolate derretido. Aproximava-se da minha nuca, provocando-me. E o vento, queria-me. Levou do sol, os momentos de afeto. Transformou o pecado em ternura. Deu-me um sorriso. Envolveu-me em seus toques. E a lua, quase tão tímida. Trouxe um pedaço de estrela cadente. Fez um pedido a ela. Pediu para ser a minha eterna amante. Amando-me, sempre sozinha lá do céu. Arriscou a fazê-lo toda noite. Até que o sol e o vento, transformasse em poesia, para me dedicar, o amor em todas as suas formas.
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O amor possui diversos graus e elementos. Interessante notar que, ao tentarmos identificar uma décima parte de sua magnitude acabamos presos por todo um conjunto de fatores, apaixonantes fatores! Que nos fazem querer mais e mais bem querer. Amor, tão somente amor.
ResponderExcluirBem quero-te. Reverencio-te.